30/12/2010

2011

Que a perspectiva que é feita à espera de um novo ano seja feita a cada dia.. que as pessoas despertem do sono de que pra haver mudança é necessário esperar um ano, percebam que um ano é muito, e que podem se regenerar a cada instante. Aos que preferem a rotina, muitas vezes, reflexo de toda monotonia pautada no já inconveniente, que assim se torna por não acatarem mudanças, a vida passa lenta, ou melhor, a vida passa. Que acordem pra si mesmas, e percebam que não tem remédio, religião, festa ou paixão maior que te cure antes de você mesmo, quando você quer mudança e começa a sentir-se capaz, caminhos se abrem ao seu favor.

Respeito crenças, de quem acha que afoga mágoas em cachaça, de quem crer que o futuro pode prever, e até quem nada acredita ou acredita no nada, mas crença nenhuma deve te impedir de enxergar o novo, nem te causar cegueira para que possa quebrar correntes impregnadas em nosso corpo.

Que ao se prender a alguém ou a algo se lembrem que ainda assim: somos todos livres pra fazer o que quiser, mas totalmente responsáveis por nossos atos, pra assumir pelas conseqüências.

Um 2011 cheio de luz à todos, e assim sucessivamente!

22/12/2010

Riscos

Lutando contra o mundo invisível usando escudo ao invés de armas

Ataque como defesa, defendendo como puder

Embate entre a realidade e a minha vontade


Nessa nova era de revolução

Quem vive ao acaso sem determinação,

Acaba por exaurir as paixões em solidão


Vejo balanços cada vez mais fortes à beira do abismo,

Ouço gritos de: "não sei se me jogo ou se fico!"

Dizem buscar a paz;

Eis o risco pra quem é capaz.

09/12/2010

09/12/2010

Tenho na minha mão a porta para o pecado ou a ponte para a salvação?

Entrego ao delírio os equivocados de si mesmos que não buscam ao menos o perdão

Donos de si, prisioneiros da solidão

Dispersam palavras em vão

Desejam o mal e conseguem em troca desolação

07/12/2010

Perdidos de 2009

João nasceu com medo de viver
Viveu com medo de errar
Errou com medo do perigo
Tornou-se perigoso porque não soube amar
_
A grandeza das coisas nos oculta a realidade

06/12/2010

Sem mais ilusão

Como um beijo sugador de toda voz que existia

A dor foi ainda mais forte.

Encravou no peito um punhal que prendia todo o sangue

Capaz de transformar a esperança latente em desespero

Como um grito jogado ao acaso em busca de silêncio e aconchego.

O carinho que fez criar a vida, perdeu lugar pra o desgosto que tornou-lhe mais vivo

Guiado pela decepção, hei que surge mais uma lição

Tapa na cara pra acordar,

Inocência afundada em nome da lei do universo

Da lei da vida e do progresso

Sofrer, pra aprender

Perder, mas crescer.

03/12/2010

O que (não) existe - 01

O medo ataca sem preocupar-se com circunstancias; evita o inexplorado como forma de manter a integridade, ora física ora moral. Denegrir a imagem de um ser humano é como afundar-se em montes de carvão fervendo, que queima, que dói e que deixa marcas eternas, na medida de tempo que você o considera.

É uma espécie de escuridão movida a raios, na qual há você de esquivar-se sem saber ao menos onde este irá atingir.

O medo não é uma criatura, não tem pernas, não se ver, mas existe. Ver o medo é uma forma de manifestar veemente o que se sente, e o que se sente é um sufoco que te deixa amarrado com a própria alma, querendo fugir, mas bloqueado por uma força interna, maior e mais forte, enquanto não é trabalhado seu contra ataque, é uma espécie de campo de batalha que se cria; onde quem ataca e quem sofre é um mesmo sujeito. Você.

Atraído pelo que o causa, cria-se paralisia total no frágil corpo de carne que temos, exposto a todo fluxo existente, criando uma barreira contra o vento, contra o sol, contra a chuva, mas que a qualquer momento desmorona. O medo pode ser um desses agentes impulsionadores.

07/11/2010

Sem correntes


Não me enjaule nesse hemisfério de intenções
Para todo ponto de partida, um passo inicial;
Que o ar perdido, me sufocando agora, não seja o prêmio pela chegada
Vitoriosa ou não, não me satisfaz.
Vagando pelo vazio
Posso encontrar o que quero, ou criar o que sempre quis.