15/08/2011
07/02/2011
ImaginRevolução
Eram brancos, pretos e índios
E todos ao mesmo tempo.
Vestiram o traje de guerra:
Na cabeça esperança e ao resto confiança.
Alguns irmãos, quando a vida, ainda, lhes restavam
Sobreviviam como dava;
Enquanto um chorava o outro roubava.
Já no extremo ou até mesmo na vizinhança era tanto o dinheiro que nem precisava de poupança.
Existe ainda muito sortudo, não lhes demoraram a perceber
Porque de fome, qualquer um, pode morrer.
Levantavam a mão quando se fazia jus ao coração
Hasteando a bandeira de súplica à paz
Pintada de verde, azul, branco e amarelo
Acreditavam na melhoria de sua nação:
Foi então que eclodiu a revolução.
Cada um com sua diferença
Porém iguais na paixão e na crença
Lutando contra a negligência.
Enquanto uns queimavam os velhos papéis
Outros cantavam unidos por uma única corrente
O fluxo de energia formado aflorou a atividade independente
Surgimento de novos ideais
Aceitações unânimes:
Transformação da lei.
Puniram os desajustes dos desajustados, vigaristas maquiados
Forjados ditadores da calmaria
Ave Maria!
O que viam aqui e aculá
Eram abraços, mas abraços de tamanduá (– Dissimulados!)
Deram o tapa da transformação como um estralo que acorda
E a corda que sufocava o povo, serviu de laço pra embalo do presente
Ao presidente que se falava competente.
(o povo foi mais persistente)
Pelo solo amado e gentil
Renasceu o nosso azul anil
Pátria amada, Brasil!
16/01/2011
Indignação sufocada
Entope mais o esgoto,
Assim como tua boca destampada se omite em meio à voz igualitária.
Olha cada pingo de suor teu se transformando em gotículas de uísque importado,
Que nem por tua garganta passa.
Liga o noticiário pra curar tua solidão, aproveita e ver qual foi a tragédia de hoje:
“É Fan tas ti co;
- Boa noite pra vocês!
No Rio de Janeiro só de mortes registradas já têm 436.”
Note que quem há de mudar é você.
A violência continua, tem gente que ainda faz disso brincadeira.
Mas a TV te entende, anula, quiçá, a culpa tua.
Ou a culpa é do ‘artista de sinal’ que cheira cola pra saciar a fome?
E quanto a cola mal passada no colégio?
Educação, educação!
Foi o que restou, minha indignação.
09/01/2011
Presunção
E se o desencanto que sinto vendo teu contentamento inocente tivesse remédio
Anularia tua dor ainda desconhecida, desejando uma ação mútua.
Culpada pela morte do teu sonho,
Glorificada por derrotar o sonho que me matava.
É como um trem fora do seu percurso, tentando ainda assim, seguir o seu caminho.
Talvez o medo da perda seja mais forte que o poder de união
Vivendo de futuro, seria um erro se nada aprendesse,
Mas eis que o que vigora é sempre o amor;
Tão interligado seja com o desamor, este suspeito causaDor.
...
Se o amor é a gente que cria
Anda faltando criatividade.