07/02/2011

ImaginRevolução

Eram brancos, pretos e índios

E todos ao mesmo tempo.

Vestiram o traje de guerra:

Na cabeça esperança e ao resto confiança.


Alguns irmãos, quando a vida, ainda, lhes restavam

Sobreviviam como dava;

Enquanto um chorava o outro roubava.

Já no extremo ou até mesmo na vizinhança era tanto o dinheiro que nem precisava de poupança.


Existe ainda muito sortudo, não lhes demoraram a perceber

Porque de fome, qualquer um, pode morrer.


Levantavam a mão quando se fazia jus ao coração

Hasteando a bandeira de súplica à paz

Pintada de verde, azul, branco e amarelo

Acreditavam na melhoria de sua nação:

Foi então que eclodiu a revolução.


Cada um com sua diferença

Porém iguais na paixão e na crença

Lutando contra a negligência.


Enquanto uns queimavam os velhos papéis

Outros cantavam unidos por uma única corrente

O fluxo de energia formado aflorou a atividade independente

Surgimento de novos ideais

Aceitações unânimes:

Transformação da lei.

Puniram os desajustes dos desajustados, vigaristas maquiados

Forjados ditadores da calmaria

Ave Maria!


O que viam aqui e aculá

Eram abraços, mas abraços de tamanduá (– Dissimulados!)

Deram o tapa da transformação como um estralo que acorda

E a corda que sufocava o povo, serviu de laço pra embalo do presente

Ao presidente que se falava competente.

(o povo foi mais persistente)


Pelo solo amado e gentil

Renasceu o nosso azul anil

Pátria amada, Brasil!

16/01/2011

Indignação sufocada

Entope mais o esgoto,

Assim como tua boca destampada se omite em meio à voz igualitária.

Olha cada pingo de suor teu se transformando em gotículas de uísque importado,

Que nem por tua garganta passa.

Liga o noticiário pra curar tua solidão, aproveita e ver qual foi a tragédia de hoje:

“É Fan tas ti co;

- Boa noite pra vocês!

No Rio de Janeiro só de mortes registradas já têm 436.”

Note que quem há de mudar é você.

A violência continua, tem gente que ainda faz disso brincadeira.

Mas a TV te entende, anula, quiçá, a culpa tua.

Ou a culpa é do ‘artista de sinal’ que cheira cola pra saciar a fome?

E quanto a cola mal passada no colégio?

Educação, educação!

Foi o que restou, minha indignação.

09/01/2011

Presunção

E se o desencanto que sinto vendo teu contentamento inocente tivesse remédio

Anularia tua dor ainda desconhecida, desejando uma ação mútua.

Culpada pela morte do teu sonho,

Glorificada por derrotar o sonho que me matava.


É como um trem fora do seu percurso, tentando ainda assim, seguir o seu caminho.


Talvez o medo da perda seja mais forte que o poder de união

Vivendo de futuro, seria um erro se nada aprendesse,

Mas eis que o que vigora é sempre o amor;

Tão interligado seja com o desamor, este suspeito causaDor.

...

Se o amor é a gente que cria

Anda faltando criatividade.