29/10/2015

não quero ser a tua escolha

de novo vem você rasgando meu peito com milhões de ofertas
o valor do teu negócio é alto pra mim
me arranho, me arrasto, morro e não sinto o sabor da paz
quero teu cheiro tímido que me abraça e me faz criar as minhas apostas
o meu desejo não é saciar todos os teus planos
não quero ser sugada por teus devaneios que me sufocam e me seduzem
que me inflam e me maltratam
que destrói a minha razão

14/10/2015

cruel

arranhas até teus discos com melodias de vitórias
e não consegues ouvir o silêncio que te acalma
morde toda corrente que chega a tua boca
mas engole as migalhas de aço que te ferem
cura o peito aberto do outro que dói
mas é cruel com a paz que te rodeia
corre em busca, corroi a mente

30/09/2015

sei que não

Meu corpo pálido entre tuas correntes mergulha na inanidade da voz e do pensamento
És o que tantos são por não saber quem somos
És o julgamento injusto
A ignorância em acolher
A incapacidade entre o que precisas e o que não consegues

O que não quero ser

16/09/2015

violão solitário

a nota já não se afina  
canta sozinha
os toques sem sintonia
o aperto sem conforto
a vibração que aos poucos se perde
o silêncio
o sol que não se ouve
o lá que não se vê

06/09/2015

longe de você

os caminhos se confundem
 [lembranças de ti]
meu sol se perde e meus vulcões se encontram
 [teu sorriso se colore]
meu coração corre  
o teu passeia


13/08/2015

changes

do gatilho nem sempre vem o pior
muitas vezes faz nascer -e/ou morrer também- os alimentos de nossa (c)alma
e de nossa matéria 

o ardor que paralisa o riso
também é lente profunda pra imensidão do ser
tempo nenhum é estático
há oscilações no aprender

24/06/2015

senha

espanto no pensamento
perceber o agora
rasgar as passagens passadas
renascer

09/06/2015

na madrugada dos teus olhos

na madrugada dos teus olhos
o calor de teu afago me aquece
das pronfundezas desconhecidas pelos rios que por ti percorrem
há abraços
e laços
que pulsam
na madrugada dos teus olhos
teu frio que de longe congela as vírgulas
não coloca ponto final na margem dos poetas
em cada interrogação por medo
há afirmações que aparecem
na madrugada dos teus olhos
na alvorada que em ti chega parindo os deconhecidos em teu mundo
e amanhecendo em berço de aconchego
na liberdade das palavras
e na explosão dos sentimentos
na madrugada dos teus olhos

pelo teu corpo

debaixo de cada pelo em teu corpo há um copo de convite
derramo em mim a vontade de me embriagar de ti
em goles lentos e eternos
cada gota é uma possibilidade
cada cheiro um desejo
enquanto houver vida no que nos abraça
com a ternura que me faz estancar a dor
do querer-te/me bem e do querer-te em mim
todo pelo em teu corpo é uma oportunidade

03/06/2015

chance

todo dia é uma chance
no colo dos teus olhos.
do peito que não cala
ao abraço que sussurra calma
sempre tem uma questão
uma palavra que falta
ou gritos sem canção
nem falta,nem exagero
tampouco perfeição
no sorriso de meus traços
junto aos nóssos passos
todo dia é uma chance

27/04/2015

colher o que escolhe

a vida pode ser qualquer possibilidade
mas uma deve ser vivida.

19/04/2015

nudez

nua
te quero nu
dentro de mim
com pele
e com alma

15/04/2015

entre o pensar e o agir

há muitas distâncias entre o cheiro e a matéria
da pulsação que se sente e traduz o viver
ao gozo que liberta da opressão;
há muita distância que deve se perder!

09/04/2015

teu som

o canto que fortalece;
canto que protege.

21/01/2015

harmonizando a presa /parte 1

Digerir tudo e rápido e logo não alimenta o lobo faminto que uiva pelos poros do estômago