21/03/2016

fiel companheiro

vens mais uma vez sugar da minha boca o ar que me aquece                                    
tua língua é navalha que corta e sangra mas também adormece             (tú)
me fundo em teu corpo e me espalho por tuas faces traiçoeiras
meu fiel companheiro que desenha quem eu sou
que nem sei quando não é dor
que nem sei por quê
que nem sou são
quando depressa
sou só

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