03/12/2010

O que (não) existe - 01

O medo ataca sem preocupar-se com circunstancias; evita o inexplorado como forma de manter a integridade, ora física ora moral. Denegrir a imagem de um ser humano é como afundar-se em montes de carvão fervendo, que queima, que dói e que deixa marcas eternas, na medida de tempo que você o considera.

É uma espécie de escuridão movida a raios, na qual há você de esquivar-se sem saber ao menos onde este irá atingir.

O medo não é uma criatura, não tem pernas, não se ver, mas existe. Ver o medo é uma forma de manifestar veemente o que se sente, e o que se sente é um sufoco que te deixa amarrado com a própria alma, querendo fugir, mas bloqueado por uma força interna, maior e mais forte, enquanto não é trabalhado seu contra ataque, é uma espécie de campo de batalha que se cria; onde quem ataca e quem sofre é um mesmo sujeito. Você.

Atraído pelo que o causa, cria-se paralisia total no frágil corpo de carne que temos, exposto a todo fluxo existente, criando uma barreira contra o vento, contra o sol, contra a chuva, mas que a qualquer momento desmorona. O medo pode ser um desses agentes impulsionadores.

Um comentário:

  1. Muito bem escrito sobre o medo, muito interesante essa forma de pensar. Meus parabéns

    ResponderExcluir